Busca sem resultado
jusbrasil.com.br
19 de Abril de 2024

OAB Jovem da Bahia pede fim da cláusula de barreira em Colégio de Presidentes da Jovem Advocacia

Publicado por OAB - Seccional Bahia
há 6 anos

O presidente do Conselho Consultivo da Jovem Advocacia da Bahia (OAB Jovem), Hermes Hilarião, foi um dos autores de pedido de providências protocolado no Conselho Federal da OAB, para que a instituição inclua na pauta da próxima sessão o pedido do fim da cláusula de barreira. A iniciativa foi aprovada no Colégio de Presidentes da Jovem Advocacia, durante o XVII Encontro Nacional da Jovem Advocacia, que reuniu, milhares de jovens profissionais, na semana passada, em Brasília, para debater o futuro da profissão.

Relator do processo na Comissão Nacional da Jovem Advocacia, Hermes, junto aos demais presidentes das comissões, redigiu o documento, que requer que o CFOAB reabra a discussão sobre o artigo 63, parágrafo 2º, do Estatuto da Advocacia, responsável pela chamada “cláusula de barreira” - cláusula que proíbe a eleição para cargos da Ordem de advogados com menos de cinco anos de profissão.

“O primeiro passo já foi dado e com a sinalização positiva do presidente da OAB Nacional, Claudio Lamachia. O compromisso do presidente é que seja pautado no próximo Colégio de Seccionais, no final de agosto e, em seguida, no Pleno do CFOAB. Estamos esperançosos e acreditamos que o pedido de alteração no Estatuto da Advocacia deverá ser levado para aprovação do Congresso Nacional. A jovem advocacia representa, atualmente, quase 50% da classe no país e precisamos da sua participação na política de Ordem, para defender os interesses dos jovens advogados, como a criação do piso salarial”, disse Hilarião.

Ainda em seu discurso, Hermes falou sobre a necessidade de uma reforma política interna na Ordem. “A todo momento, vemos a OAB defender a reforma política, reforma partidária e questões eleitorais no processo político como um todo. Mas creio que o momento é de enxergar que a OAB precisa passar por uma reforma eleitoral e política internamente, permitindo que a jovem advocacia participe ativamente do processo eleitoral e não seja apenas eleitor”, complementou.

Colégio Nacional de Presidentes JovensRealizado como parte da programação do XVII Encontro Nacional da Jovem Advocacia, evento aberto em Brasília, na última quinta-feira (02/08), o Colégio Nacional de Presidentes Jovens contou com a presença de presidentes de comissões de jovem advocacia de todo o país e teve discurso de abertura do presidente da OAB Nacional, Claudio Lamcahia, e do presidente da Comissão Nacional da Advocacia Jovem, Alexandre Mantovani.

Também participaram o presidente da seccional brasiliense, Juliano Costa Couto; a presidente da seccional de Alagoas, Fernanda Marinella; o presidente da Comissão de Apoio ao Advogado Iniciante da OAB-DF, Tiago Santana de Lacerda; além do presidente da Associação Brasileira de Advogados, Esdras Dantas.

Foto: Divulgação

  • Publicações18645
  • Seguidores133
Detalhes da publicação
  • Tipo do documentoNotícia
  • Visualizações1500
De onde vêm as informações do Jusbrasil?
Este conteúdo foi produzido e/ou disponibilizado por pessoas da Comunidade, que são responsáveis pelas respectivas opiniões. O Jusbrasil realiza a moderação do conteúdo de nossa Comunidade. Mesmo assim, caso entenda que o conteúdo deste artigo viole as Regras de Publicação, clique na opção "reportar" que o nosso time irá avaliar o relato e tomar as medidas cabíveis, se necessário. Conheça nossos Termos de uso e Regras de Publicação.
Disponível em: https://www.jusbrasil.com.br/noticias/oab-jovem-da-bahia-pede-fim-da-clausula-de-barreira-em-colegio-de-presidentes-da-jovem-advocacia/610472521

5 Comentários

Faça um comentário construtivo para esse documento.

Não use muitas letras maiúsculas, isso denota "GRITAR" ;)

“A todo momento, vemos a OAB defender a reforma política, reforma partidária e questões eleitorais no processo político como um todo..."

A OAB defende tudo menos o advogado!

Continuamos desamparados por esta instituição que só faz crescer em arrecadação. Se a OAB fosse boa seria optativa.

Criticas feitas, Parabéns aos jovens advogados que querem a mudança.

" Me arrancam tudo à força, e depois me chamam de contribuinte. "
Millor Fernandes continuar lendo

Sou membro assíduo da OAB e entendo que a cláusula de barreira é extremamente necessária. Paradoxalmente ou não, também sou um jovem advogado.
Em primeiro lugar, um cargo na OAB exige bastante tempo e, consequentemente, o profissional precisa ter um escritório estabilizado financeiramente.
Em segundo lugar, é complicado colocar na mão de um profissional de 24 anos uma responsabilidade de julgar um par em um tribunal de ética, por exemplo. Arbitrar penas e etc. Falta vivência a esse jovem advogado (e experiência prática).
Em terceiro lugar, a porcentagem de jovens advogados que desistem da profissão é imensa, o que justifica, inclusive, o fato de 50% dos advogados serem "jovens advogados". continuar lendo

Doutor, com todo respeito, discordo.
"um cargo na OAB exige bastante tempo e, consequentemente, o profissional precisa ter um escritório estabilizado financeiramente."

Essa ideia de estabilidade financeira é uma falácia para que grandes escritórios continuem utilizando a OAB para beneficiar os grande escritórios e não uma categoria. Prova disso é a Tabela que não serve para nada. Também não existe um piso salarial, pois não é conveniente. Em relação ao tempo, qualquer pessoa pode se dedicar aquilo que acredita.

"Em segundo lugar, é complicado colocar na mão de um profissional de 24 anos uma responsabilidade de julgar um par em um tribunal de ética, por exemplo."

A questão aqui não é a idade e sim o tempo da OAB, logo se existir um gestor de 40 anos que acabou de sair da faculdade, não poderá competir. O advogado de 18 anos (o mais jovem advogado) pode se candidatar com 23, pois teria cinco anos de profissão.

"Em terceiro lugar, a porcentagem de jovens advogados que desistem da profissão é imensa, o que justifica, inclusive, o fato de 50% dos advogados serem"jovens advogados".

Outra relação que não vejo uma lógica no sentido filosófico (falsa causa) as pessoas desistem e não há problema nenhum nisso, contudo não é um requisito para representar a advocacia.
O que eu acredito é que existe um medo da mudança. Eu sou a favor que mude.

Bem vindo jovens que querem mudar.

Se a OAB fosse boa teria anuidade optativa continuar lendo

Concordo, Estevan.

É tanto chororô e mimimi que até direito a um excelso "test-drive" na Presidência das Seccionais querem ter direito a ter... continuar lendo

Tem apenas 8 anos de advocacia e concordo com o senhor. OAB não é grêmio estudantil ou centro acadêmico universitário. Representar a nossa classe exige experiência.

Como esperar que um recém formado que esteja ingressando na profissão ainda sem saber o que quer da vida possa ocupar cargos importantes dentro da OAB sem que se tenha um pouco de vivência com os problemas da classe.

Acho que para ingressar em qualquer cargo de maior relevância na OAB deve-se no mínimo ter uns 10 anos de profissão e uns 35 de idade para que a nossa classe não fique sujeita a jovens aventureiros que ainda não sabem, sequer, o que querem da vida, advogar, ingressar numa carreira pública, abrir um empresa, trabalhar em alguma empresa com algum cargo importante que talvez seja mais rentável do que a advocacia.

Na minha curta experiência de advocacia já vi vários jovens encerrarem as atividades com menos de uma ano de advocacia pelos mais variados motivos (sendo que nem sempre o motivo da desistência era o financeiro) o que esperar dessa volatibilidade dos jovens?

De qualquer sorte acho que a OAB poderia melhorar a comunicação com toda a classe pois tem momentos que a cúpula dos estados ficam muito afastada dos problemas corriqueiros de todos os membros da classe. continuar lendo